Após 14 anos da vitória do plano real sobre a hiperinflação, temos agora, em 2008, notícias de um "fantasma" que estava bem mansinho, sem incomodar muito as pessoas. Não temos, agora, uma ameaça de hiperinflação, contudo quero alertar as pessoas, principalmente na faixa de 25 a 35 anos, que não sentiram no bolso a inflação.

Tenho acompanhado o orçamento da população brasileira. O nível de endividamento e comprometimento da renda está alto demais, sobrando pouco por mês para os gastos mensais. Neste ponto é que está o grande problema: os gêneros alimentícios estão sofrendo reajustes e isto já pesa muito no bolso.

Preste muita atenção: como grande parte da renda já está comprometida com o pagamento de prestações mensais, empréstimos consignados e contas, o valor que sobra para os gastos do mês está menor no mesmo momento em que os preços dos produtos que você estava acostumado a comprar estão aumentando. Você terá que comprar menos ou procurar novas alternativas, tais como produtos de outras marcas, mudança de hábitos de alimentação, entre outros.

No mesmo momento em que os produtos aumentam de preços, os bancos e financeiras elevam as taxas de juros de cheques especiais, cartões e financiamentos. Isso quer dizer que a solução para o orçamento não pode ser a de contrair novos empréstimos ou fazer novas dívidas para fechar o mês.

Se você fizer isso, terá o “cupim” dos juros corroendo mais o seu orçamento. Quando a pessoa começa neste ciclo cria a chamada “bola de neve”, pegar um empréstimo para pagar outro, pegar em um cartão para pagar o mínimo no outro... Não entre nessa!

Isso não deve acontecer, pois lhe causará grandes problemas. Tome atitudes:

- Diminuir os gastos com trocas de produtos, troca de marcas, mudança de hábitos alimentares;
- Cuidado com a alimentação fora de casa, os restaurantes estão repassando os aumentos;
- Transforme-se em inimigo dos juros, nunca entre no cheque especial e sempre pague o valor total da fatura do cartão no vencimento;
- Não faça novas dívidas, cuidado com as compras financiadas, toda vez que você fizer um empréstimo o seu salário diminui.

Assim você passará sem grandes problemas neste período de inflação mais alta, que sinceramente espero que seja curto.

Sucesso e viva em paz com seu dinheiro.

::Por Erasmo Vieira

Palestrante, Escritor e Educador Financeiro Pessoal
www.planilhar.com.br

Colaborador do portal Lagoinha.com

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