Um opróbrio, grande desonra pública; degradação social; ignomínia, vergonha, vexame, é o que todos nós brasileiros, principalmente os cariocas, sentimos após os desastres ocorridos na região serrana do Rio de Janeiro. Tantas vidas ceifadas, famílias e sonhos destruídos em horas. Faltam palavras em nosso vocabulário para expressar o sentimento que temos ao ouvir cada relatório divulgado pelos meios de comunicação em todo Brasil. Entretanto, o ocorrido neste início de 2011 não é novidade para nós, pois todos os anos vemos e ouvimos notícias semelhantes a estas. Porém, a repetição de circunstâncias adversas nos processos da vida evidenciam que algo errado existe na gestão do mesmos. Quando repetidas vezes sentimos doer o mesmo lugar em nosso corpo ou sentimos os sintomas de uma doença, somos então submetidos a exames que vão detectar qual é o problema. E assim, quando o problema (doença) é detectado, passamos para o próximo passo, ou seja, a realização do tratamento adequado, que buscará sanar o mal presente.

Em se tratando dos processos de administração pública no Brasil, há tempos sabemos que várias situações errada, e até mesmo perversas, estão inseridas nas bases de pilotagem das instâncias do poder público. Falta justiça, responsabilidade, equidade, honestidade, dignidade, generosidade... e por aí vai, a longa lista de deficiências reais na gestão daqueles que, com aval público, se assentam nas cadeiras do poder.

Pecado é o recipiente que contém todo o processo autodestrutivo em que está contida a política brasileira. Pecado significa errar o alvo.  A possibilidade do erro só é real onde existe um alvo. Resumindo, existe um alvo para a política que é: Trabalhar pelo bem comum da sociedade e trabalhar para o desenvolvimento da mesma. Contudo, o que sabemos e vemos, todos os dias sendo relatado por nossos meios de comunicação, tão eficientes em nosso mundo globalizado, é uma busca insana por prazeres pessoais; muitos têm se perdido no tenebroso caminho da corrupção, e se tornado reféns do sistema corrompido e pecaminoso; sistema que faz de homens bons alvo de persseguição, por não aceitarem entrar no esquema.

Regidos pelo bel-prazer e não pelo senso de responsabilidade social para o qual foram eleitos, nossos representantes do  legislativo e execultivo, ignoram a seriedade das ações que precisam compor e realizar para que nossa sociedade viva e sobreviva. Sendo assim, pecam deixando que bairros inteiros sejam construidos em áreas de extremo risco, o que culmina em desgraças irreparáveis. Depois dos desatres, discursam dizendo não ser possível administrar a crise presente. Tudo isso é fruto de um círculo vicioso de mandatos que começam e terminam executados por homens e mulheres que não sabem mais qual é o alvo de seu trabalho público administrativo, pois tudo o que desejam é estar no poder.

Enquanto nossos líderes tiverem na prática do pecado sua realidade de vida, nosso povo sofrerá o opróbrio, mas o dia que se levantar uma nova estirpe de homens e mulheres apegados à justiça, nossa nação será exaltada. Hoje, diante da realidade que vivemos, este conceito pode até parecer utopia, entretanto, é a única forma de não mais vermos se repetir todos os anos as imagens do sofrimento de tantas pessoas.

Por: Pr. Romney Cruz

Fonte: lagoinha.com

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